quinta-feira, 5 de junho de 2008

Entrevista a Duarte Vieira, professor e júri de dança:

1- Quando ganhou o gosto pela dança, visto que não foi a área que seguiu na universidade?
Acabei por não concluir o meu curso na universidade. Ganhei o gosto pela dança na adolescência e foi isso que segui.

2- Há quanto tempo é professor de dança?
Sou professor de dança há 16 anos.

3- Quando é que foi ensinar para a escola de dança Alunos de Apolo? Como surgiu o convite para essa oportunidade?
Eu dou aulas nas escolas alunos de Apolo em Lisboa, Santarém e Famalicão, também no clube de Ténis do Estoril. Esta oportunidade surgiu, visto que foi lá que eu fiz a minha formação.

4- Sabemos que é um júri conceituado a nível mundial, quais são os caracteres que utiliza para avaliar os dançarinos?
Os principais caracteres que se utiliza para avaliar os dançarinos são o ritmo, a execução técnica, a dificuldade da coreografia e a apresentação.
5- Já recebeu algum prémio?
Sim.
Qual?
Ganhei vários prémios a nível nacional, alguns prémios de qualificação e de mérito.

6- Como acha que os jovens, hoje em dia, vêem a dança?
Os jovens, hoje em dia, estão cada vez mais receptivos à dança.

7- Qual é o seu estilo de dança preferido?
Dos 10 estilos de dança que ensino, gosto de todos, desde as clássicas às latinas.

8- Já trabalhou com famosos?
Não.

9- Se pudesse descrever a dança por uma só palavra, como a descreveria?
Descrevo a dança por: Arte.

10- Passa mais tempo a trabalhar em Portugal ou no estrangeiro?
Sou muitas vezes convidado para ir ao estrangeiro, enquanto júri, mas hoje em dia passo mais tempo a trabalhar em Portugal.

11- Para si, como é ensinar?
Para mim ensinar é um prazer, é uma actividade que faço com muito gosto.

12- Para si, quais são as características necessárias para aprender a dançar?
As características necessárias para aprender a dançar é a Vontade e nunca desistir à primeira dificuldade.

13- O que é que aconselharia a alguém que começasse hoje a dançar?
Não desistir facilmente, com esforço toda a gente consegue aprender a dançar.



Frederico Duque dos Santos, Luísa Caseiro, Mónica Francisco - 10º L

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Será possível?!

Luana tem 17 anos e desde pequenina que sonha entrar no mundo da moda. Tudo o que tenha a ver com moda a fascina, desde as passereles, à fotografia, passando também pela publicidade, ela preocupa-se com a sua imagem apesar de achar que a que tem não é a ideal .
Luana vive perto do mar e isso ainda faz com que se preocupe mais com o seu físico, pois passa muito tempo na praia. Ela é alta, magra e, apesar de não achar, tem as medidas certas para poder concretizar o seu sonho. Todos os seus amigos e familiares a incentivam a inscrever-se em algumas agências de moda. Apesar de muitas hesitações, decidiu inscrever-se para tentar fazer com que o seu sonho se tornasse realidade, pois se não tentasse nunca iria saber .
Chegou o dia em que Luana foi chamada por uma agência de modelos, para realizar um casting. Quando chegou à agência viu imensas raparigas que, tal como ela, sonhavam em vir a ser modelos. Luana começou a olhar para as raparigas e sentiu vontade de desistir pois, apesar de lá estarem imensas jovens, era o sonho praticamente de todas as adolescentes...
Finalmente chegou a sua vez, os júris pareciam bastante exigentes e rigorosos. Após vários minutos a observar a beleza da pequena Luana deitaram-lhe um olhar ameaçador e, por fim, decidiram que ela seria a escolhida. A ingénua Luana ficou extremamente feliz, mal la sabia o que a esperava.
Chegara o dia da sua partida para um suposto curso de modelo no estrangeiro, Luana estava radiante, despediu-se da família e amigos e partiu, juntamente com outras jovens da sua idade. Chegaram a uma cidade onde as pessoas eram muito frias e pararam em frente a um casarão cor-de-rosa que se chamava A Casa das Fantasias. A casa, vista de fora, parecia calma e bastante luxuosa, assim que a senhora da suposta agência lhes abriu a porta, Luana e as outras jovens entraram e depararam-se com um cenário aterrorizador e obsceno. Luana olhou à sua volta e viu raparigas, de uma beleza extrema, assim como ela, a seduzir homens asquerosos. A pequena jovem apercebeu-se que estava numa rede de prostituição...
Luana, desesperada e aterrorizada, começou a correr para a porta de saída, mas foi impedida de o fazer e obrigada a ficar. Tiraram tudo à pobre Luana. Passou vários anos de horror , ali. Certo dia, Luana teve uma conversa muito séria com as suas colegas e planearam criar uma armadilha aos bandidos que as obrigavam a cometer actos indecentes.
Por mais estranha que pareça o plano delas correu bem e conseguiu sair dali.
Uns meses mais tarde, já de regresso a casa, Luana decide ir atrás do seu sonho outra vez e dirige-se à Face Models (agência de modeles de Fátima Lopes), fazendo um casting para ser manequim.
Semanas depois Luana faz o seu primeiro desfile, após ter realizado várias campanhas e catálogos de moda, tornando-se nem ícone da moda não só no seu país (Portugal) como também no estrangeiro.


Andreia , Patrícia , Sílvia , Alda , Filipa , Sónia e Jéssica .

Sofrimento

Eu tinha tantos planos, tantos sonhos, tantas ilusões… Mas parece que tudo ficou pelos planos.

Já faz tempo que não falamos, mas de vez em quando a saudade vem, e trás tudo o que eu queria esquecer. Já não pretendo mais convencer-te, quem, sabe se o tempo não te fará acreditar no meu céu mais uma vez…

Tantos planos para te conquistar, tantos planos para te esquecer, mas sempre que fecho os olhos, finjo que não vejo, mas o meu pensamento és tu, está sempre em ti.

Tantos planos para me “levantar”, outros tantos para me arrepender, eu fecho os olhos, e finjo que não te vejo mas, de vez em quando a saudade vem...

Pensas que está a ser fácil para mim, mas enganas-te, pois não me lembro de estar tão mal como estou agora. Não há momento do dia, de que me lembre em que não estás no meu pensamento. Paro um segundo e penso: “sai daqui! Vai-te embora!”, mas tu lá continuas…

Não me dêem fórmulas certas para ter sucesso em tudo o que faço, porque eu não espero acertar sempre… Não me mostrem o que esperam de mim, porque eu vou seguir sempre o meu coração e os meus ideais... Não me façam ser quem não sou, não me convidem a ser igual porque sinceramente, sou diferente e tenho orgulho nisso!

Não sei amar pela metade, quando amo digo-o com convicção e dou tudo o que tenho!
Não sei viver de mentira nem voar de pés no chão, sou sempre eu mesma, mas com a certeza de que não serei assim para sempre…

Só quero fazer a coisa certa tanto para mim como para ti. As vezes as coisas certas trazem muita dor, magoam, fazem-nos chorar, deitam-nos a baixo, e por vezes arrependemo-nos de as fazer…

Talvez se por acaso eu te queira amar mais ainda, nesse dia tu já tenhas transformado todo o teu amor em amizade. Talvez quando eu perceber que já não existe quem me queira, me lembre que tu me querias, mas talvez tu já tenhas ido à procura de alguém que te queira tanto como eu te quis…

Não quero ser tola ao ponto de, se um dia vieres a pensar que eu estou a sofrer por ti, porque esse dia já veio, permanece e tu nem te apercebeste nem te apercebes…talvez quando eu acabar de escrever isto tu até já me tenhas esquecido…


Andreia Cardoso, nº2 do 10ºL

Maick Rodrigues, nº12 do 10ºL

Para o meu grande primo

Lembro-me de ti! Quando jogávamos “playstation” juntos e víamos desenhos animados. Lembro-me de estarmos os dois sentados num banco em tua casa e ver-te sorrir. Tens um sorriso tão bonito e tão doce! E ainda me lembro quando eu tinha sete anos e estavas no meu aniversário. Estavas ao colo do meu irmão, enquanto cantavam os parabéns. E ainda me lembro de tirarmos uma foto de família e de te sentares ao meu lado, puseste a tua mão em cima da minha perna. A tua mão era tão pequenina, tão frágil, era a mão de uma criança indefesa e inocente que não merece nenhuma maldade do mundo.
Passado uns tempos, eu mandava-te cartas. Estavas no hospital com aquela terrível doença que te corria pelas veias. Queria muito visitar-te mas ninguém me permitiu. Talvez porque nesse hospital havia muitas crianças assim, doentes e tristes com vontade de sair daquele sitio fechado e frio. Mesmo assim queria ver-te e dar-te força porque eu sabia que tu irias vencer esta batalha. Quando fiz oito anos tu não estavas lá. Senti a tua falta.
Passaram-se três meses e aquela foi a última vez que te vi. Entrei num salão e via pessoas chorarem. No meio desse salão estava um caixão. Aproximei-me. Estavas lá deitado, com as mãos sobre o peito, os olhos entreabertos, tinhas pouco cabelo mas estavas mais crescido. Pus a minha mão sobre o caixão e olhei-te nos olhos. Quis que me sorrisses, mas não sorriste. Quis que me olhasses, mas não olhaste. Por momentos tive esperança que o fizesses, mas não o fizeste. Percebi que me tinha enganado e que afinal não tinhas ganho a batalha. Então uma lágrima escorreu-me pela face e limpei-a rapidamente. À minha volta as pessoas gritavam e choravam. Olhei para ti e vi que aquela era a última vez que te olhava. Depois fecharam o caixão.
Desde esse dia, nunca gritei, nunca chorei, nem nunca perguntei porquê. Porque continuas a ser o meu grande amigo e vês-me todos os dias. Porque eu sinto que continuas comigo, a meu lado e nunca me abandonas. Porque os verdadeiros amigos estão sempre presentes, eu fecho os olhos e tu estás lá e continuas a sorrir com o mesmo sorriso bonito e doce.
Agora és o meu anjo, agora és o meu anjo da guarda…

Micaela Lopes nº 15 10º L

A Era do Gelo

Era uma vez, no ano 3500 uma rapariga chamada Britney. Ela vivia na Gronelândia e tinha nove anos. Era uma rapariga bonita, alta para a idade que tinha, loira e de olhos azuis. Vivia com os pais e com o irmão mais novo, com três anos de idade, chamado Fretdie, numa casa grande e afastada. Apesar de Britney sonhar com o mar e em poder ir à prais, adorava a neve. Era muito apegada à sua mãe e ao seu irmão, em relação ao pai já seria mais distante, pois este era uma pessoa muito amarga e misteriosa, nunca demonstrava o amor que sentia pela família.
Um dia, a sua mãe morreu e todos tiveram que ir viver com o pai. Á medida que a menina foi crescendo começou a fartar-se da indiferença do seu pai e decidiu fugir de casa.
Perdida e a morrer de frio, Britney acabou por encontrar uma tribo que lhe era desconhecida.
Algumas das crianças que a viram a rondar o acampamento decidiram ir contar ao líder porque pensavam que era uma ameaça para a tribo.
Nanaka, líder da tribo, mandou um dos seus homens ir ter com Britney, perguntando-lhe o que fazia ali e o que queria. Ao contar-lhe a sua história ele decidiu pedir autorização a Nanaka para acolher aquela rapariga.
Nanaka era um homem forte, marcado pelas provas que a vida lhe fizerae era respeitado e amado por toda a sua tribo.
Este aceitou acolher a menina como sua filha, quando ouviu a sua triste história. A menina instalou-se no acampamento e era feliz pois todos a aceitaram como membro. Mas a menina desconhecia o motivo de ter sido aceite por esta tribo. A verdade é que ela era um sinal dos antigos profecias.
Até que um dia soube que o seu pai estava desesperado à sua procura e que viria ao seu encontro. O seu pai fora avisado por uns forasteiros que a filha se encontrava na tribo de Nanaka.
A profecia da tribo citava que quando uma jovem rejeitada pela família aparecesse no acampamento, a era do gelo iria acabar.
Mas como a rapariga não tinha sido rejeitada pelos pais e tinha saído pela sua livre vontade, a era do gelo não acabou!...
O pai da Britney encontrou-a numa ida à caça. Reconhecendo o seu pai, Britney começou a fugir.
No dia seguinte, ele volta ao mesmo lugar para ver se a encontrava outra vez e encontrou!... Suplicou-lhe que voltasse para junto da sua família e Britney comoveu-se com estas palavras tendo decidido regressar.

Micaela Lopes Nº 15 10 L
Maick Rodrigues Nº 12 10º L
Jéssica 10º L
Ana Rita Nº 1 10ºL
Andreia 10º L
Patrícia 10ºL

Liberdade

“Foge Tiago! Eles vêm atrás de nós.” Foi esta a frase que ouvi, do meu amigo Vasco. Olhei para trás e, realmente, ele tinha razão, desta vez estavam fardados. Começámos a correr. Que adrenalina! “É difícil correr na areia, o próximo assalto não voltará a ser no bar da praia” pensava eu enquanto fugia. Fomos por um atalho até à aldeia mais próxima, conseguindo despistá-los. De repente ouvi uma voz a gritar por ajuda. O som vinha de uma casa estranha. Espreitei pela janela e não podia acreditar no que via. Um homem de cabelos grisalhos, espancava violentamente uma criança com cerca de dez anos de idade. Talvez fosse seu pai. Foi aí que me lembrei da minha infância, tinha-me acontecido exactamente o mesmo. O meu pai era alcoólico… senti que tinha que ajudar aquela criança. Arrombei a porta e apontei-lhe uma arma, a mesma arma que tinha usado no assalto, nunca pensara fazer uma boa acção com ela. O Tiago voltou a avisar-me que tinha ouvido a policia. Não quis saber, eu tinha que ter a certeza de que a criança ficava bem e em liberdade. A polícia entrou e prendeu o homem, a criança foi levada para uma instituição, ao que parece a sua mãe tinha falecido e esta estava completamente só. Nas noites seguintes a este acontecimento, não parava de pensar no assalto que tinha feito. Lembro-me de umas crianças que, ao verem-me, choraram, o que eu tinha feito só por divertimento!... Sentia-me um monstro aterrorizador, isto nunca me tinha acontecido. Mas também me lembro na criança que tinha salvo e fez-me sentir um herói. Era assim que queria continuar. Por isso entreguei-me à polícia, contei tudo. Queria a minha liberdade de volta, queria poder dormir sem pesos na consciência. No julgamento, condenaram-me a sete anos de cadeia. Foi merecido. Apesar de tudo, sabia que tinha sete longos anos pela frente e só depois seria um homem livre.
Os sete anos passaram e, hoje, com sessenta e dois anos sinto-me realmente em plena liberdade. Naquela altura era muito novo, tinha sensivelmente dezanove anos. Tento transmitir aos meus netos aquilo que é certo e o que é errado. Sinto-me feliz por aquele dia do assalto ter acontecido, foi como que uma prova de vida, vi que aquilo que fazia era completamente errado. Nunca bati nos meus filhos, porque não há nenhuma criança que mereça isso, nem nenhum pai tem liberdade para o fazer.
Micaela Lopes nº 15 10º L

Violência Doméstica

A violência doméstica é um problema cada vez mais acentuado nos dias de hoje. No mundo, uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida a ter práticas sexuais ou vítima de outro tipo de abuso por parte de familiares.
Há vários tipos de violência, sendo a física a de maior gravidade, levando a vítima, por vezes, à morte. Estão em causa diversos factores como, dependências viciosas, problemas de relacionamento e financeiros, distúrbios psicológicos, educação, preconceito, descriminação, entre outros. Existem estratégias de irradiação desta atitude, como a denuncia; caso contrário a vitima terá graves consequências, nomeadamente traumas, sentimentos de culpa e poderá, futuramente, ser agressiva.
Em suma, a violência doméstica deve ser eliminada, a vitima deve denunciar para que o agressor reflicta sobre os actos que cometeu, tentando não voltar a fazê-lo. Em pleno século XXI deveria haver mais dignidade humana, pois a mulher tem sido, ao longo dos anos, considerada um ser inferior, tornando-se uma vítima.

Micaela Lopes Nº 15 10º L