sexta-feira, 30 de maio de 2008

Derradeiro Suplício

O derradeiro suplício é aquele que nos acompanha em memória para toda a vida,
Aquele que integra quase toda a alma,
Aquele que derrama o ténue amor vindo do coração,
Aquele que invade o pensamento com línguas mortas de infância.
É aquele que apela à sôfrega palavra do silêncio,
Aquele que vagueia na penumbra da imaginação,
Que espera pelo momento calmo para provocar a inquieta angústia,
Que incute toda a mágoa em escassos segundos,
Que provoca lágrimas de eterno sofrimento.
O derradeiro suplício é uma noite de alma perdida.


Sílvia Teixeira

A cegueira humana

O livro Ensaio sobre a cegueira de José Saramago é uma autêntica obra sarcástica mas realista.
Esta romance serve apenas de pretexto para revelar, em novela, a decadência da condição humana em situações de privação. A obra pode ser caracterizada como assustadora devido carácter quase mórbido como trata a condição humana, no entanto, a obra retrata uma situação imaginada sem deixar transmitir veracidade à condição humana nela apresentada.
José Saramago conseguiu retratar a condição humana como uma condição frágil, que se quebra com a simples privação de um meio de sobrevivência, neste caso a visão, conquistando o leitor pela forma simples mas profunda de abordar este tema.


Sílvia Teixeira

O menino perdido

Um menino indefeso perdido num livro
Perdido entre páginas
Palavras
Letras
Conjunções e locuções...
É como se se tivesse perdido num dicionário.
Refugiado da tristeza que era viver na realidade,
Do medo dos castigos da mãe.
Refugiado das sombras que o envolviam na vida
Comparado a um ponto de interrogação.
Perdia-se nas dúvidas da sua existência
No entanto
Perdido entre tantos enredos
Começava a sentir a saudade da liberdade de viver
E continuava perdido no livro,
Na esperança que chegasse ao fim...
Qunda finalmente ouviu a fechadura do livro abrir-se
E saltou para a estante da sua casa
Sentiu-se novamente perdido...
Sem a mãe que morrera...
Agora,
Passados trinta anos,
Tinha idade para ser seu pai
Dividido entre duas tragédias
Optou pela mais fácil
Com algumas recordações voltou para dentro do livro.
Imaginando ouvir a voz da mãe a pedir-lhe para não desperdiçar a vida com a mania das leituras.
Deixou-se ficar sentado num parágrafo curto,
À espera de um final feliz...


Sílvia Teixeira

Entrevista a Gonçalo Macedo (Salu)

Gonçalo Macedo iniciou a sua carreira musical aos 18 anos, em Mafra, o que o influenciou muito, divido à mentalidade das pessoas da sua zona. Os seus amigos (Sk8 e Skim) lançaram-no no meio musical em Fevereiro de 2007...

1- Quando descobriste que tinhas vocação para a música?
Tudo começou com uma brincadeira de uns amigos. Sempre gostei de fazer poemas, desde o tempo da primária, achava engraçado brincar com as palavras, expressões, tudo o que me viesse à cabeça... O Hip Hop é praticamente "poesia cantada" e experimentei gravar um poema meu em cima de um instrumental, e até ficou engraçado, o que me levou a apostar e consequentemente a melhorar e criar novas músicas.

2- Nunca pensaste em desistir da tua carreira?
Nas fases em que me pergunto "porque é que entrei neste mundo?" ou "o que é que estou aqui a fazer?" ... Mas são meros pensamentos que acabam por se desfazer com qualquer elogio ou apoio que me possam dar.

3- Que planos tens para o futuro?
Planos para o futuro são muitos, a cada hora que passa um novo plano surge... O meu principal objectivo é deixar uma marca no mundo musical e uma mensagem ou perspectiva a alguém que necessite.

4- Tens recebido muitas propostas de trabalho?
Algumas, tendo em conta que só comecei à cerca de um ano, já surgiram muitas propostas inesperadas. Mas como ainda estou pouco maduro tento ir com calma.

5- O que sentiste no teu primeiro concerto?
Um grande ataque de ansiedade, mas acabou por correr bem, mais do que alguma vez podia imaginar.

6- O que sentes quando estás no palco a actuar?
Antes de entrar penso logo no pior cenário, mas mal suspiro para o microfone em frente ao público ganho a força toda do mundo e canto como se fosse o meu último concerto.

7- Qual é a tua influência a nível musical e porquê?
A minha influência a nível musical é a música em geral. Todo o artista faz a sua arte com o intuito de deixar uma perspectiva que certamente será diferente da nossa. Todos os estilos de música têm um modo diferenciado que varia de cultura para cultura o que, nos fornece uma grande riqueza a nível musical, ou seja, qualquer estilo de música pode ser uma influência e cabe a um bom artista saber ouvir e apreciar de tudo um pouco.

8- Compões as tuas próprias músicas?
As letras são da minha autoria e as bases musicais são compostas por vários produtores.

9- Em que te inspiras quando escreves?
Inspira-me o dia-à-dia e é ao acaso que consigo escrever uma letra razoável, muitas vezes passo semanas a escrever esboços para uma boa letra.

10- O que significa a música para ti?
Tudo o que posso imaginar. Vejo a música como a banda sonora da minha vida, em que cada momento é associado a uma música.

11- Que mensagens pretendes passar através da tua música?
O principal objectivo é alertar a minha geração para os erros que cometemos e tento transmitir uma mensagem positiva no amor, no dia-a-dia e na nossa própria maneira de pensar.



Sílvia Teixeira 14.5.08

A noite

A noite é a escuridão
Durante a noite aparecem os que se escondem de dia
É à noite que os medos, as reflexões, as sombras, as memórias,
Tudo surge no pensamento que voa na escuridão
O vento sopra férvido e gélido
A alma aquece e o sentimento arrefece
A mente queima e o corpo gela
Durante a noite o tempo é relativo
Quando pensamos que passaram minutos enquanto sonhávamos,
Passavam horas da noite
As folhas secas de Inverno pairam na varanda onde,
No Verão, pousam as belas andorinhas negras como o escuro da noite e brancas como a luz do dia
A noite é o refúgio dos sonhos, das ilusões
Até da eterna esperança que perdura no coração mais negro que existe
A noite é onde tudo acontece e nada se sabe
É onde a realidade e a ilusão se encontram
Onde a morte e a vida se cruzam
Onde o amor e o ódio se completam
Onde os amantes se entregam sem pudor
É à noite que ouvimos o silêncio que nos escuta a passar
É à noite que se encontram mais obstáculos nas nossas jornadas
As vozes e até o mais ínfimo som nos assustam
A noite é a escuridão que nos consome
Que nos devora internamente na eternidade das horas da noite
A noite é tudo e nada enquanto as horas passam nos minutos do pensamento.


Sílvia Teixeira

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pesadelo

Era já muito tarde. Não conseguia, de forma nenhuma, adormecer. Arranjar uma solução para aquele problema, parecia-me impossível. Teria solução?
“Pensa Sara… pensa!” dizia eu para mim mesma. Nunca pensei ver-me numa situação destas. Porquê a mim?
Continuava a raciocinar pela resolução deste enigma, na escuridão do meu quarto onde apenas se ouvia o ressoar do vento lá fora. Fixei-me num boneco exposto em cima da cómoda à frente da cama. Como se olhasse para o infinito. Estava concentrada nos meus pensamentos quando tocou o telefone. Seria ele? Deveria atender? Parei um momento, totalmente perplexa. Tive medo.
O medo sempre se apoderou de mim ao longo de toda a minha vida, órfã de pai e de mãe sempre foi um pesadelo. Viver na penúria das minhas mágoas passadas, sem ter ninguém. Sozinha. Agora ainda é pior…
O telefone tocou novamente. Atendi.
- Olá Sara! Pronta para enfrentar o destino? – Disse a voz do outro lado da linha.
- Quem és tu? O que é que queres de mim? Deixa-me em paz!!!
- Sou o teu pior pesadelo querida…
Desliguei o telefone. Fiquei alguns segundos paralisada, com as mãos a pressionar o telefone como se quisesse destruí-lo. Continuei a olhar fixamente para o pequeno boneco, em cima da cómoda, cujo olhar amigo começava a parecer triste como um indício do destino trágico que me esperava.
De repente, o som do vento a bater na janela tornou-se mais intenso. Dirigi-me à janela para verificar se estava bem fechada. E estava, o que significava que o assobio assustador não era do vento. Alguém bate na porta e o meu coração parece sair pela boca. Deveria abrir? De repente começam a bater incessantemente na porta como se alguém estivesse pronto a arrombá-la do lado de fora.
Sem aviso, a porta abre-se e ninguém estava do outro lado. No chão encontrava-se um revólver e um bilhete.
Quem me está a seguir? E porquê a mim? Apanhei a arma e o bilhete. O bilhete dizia: “Tens duas opções – vida ou morte. No revólver está a bala que te levará à morte imediata. Do resto da tua vida, trato eu”.
Tive medo. Não sabia para onde haveria de ir. Só me apetecia fugir. Quem teria deixado aquele bilhete? Seria ele? Corri pelas escadas acima, na ânsia de alcançar o telefone para pedir socorro. Transpirava muito e a escada parecia não ter fim. Cada segundo parecia-me um ano. Quando finalmente cheguei ao piso de cima e agarrei no telefone, senti algo a tocar-me no ombro. Fiquei aterrorizada. Alguém me sufocou e num ápice tudo ficou escuro.
Não me lembro de mais nada. Acordei. Acordei num sítio pavoroso. Eu, numa cadeira de madeira velha, completamente amarrada, olho ao meu redor e deparo-me com corpos nus envoltos num plástico transparente e repletos de sangue, presos por cordas pregadas no tecto. Parece que nesse instante o meu coração tinha parado de bater.
O silêncio dominava o recinto até que ouvi a voz dele. Era ele. O homem que matara os meus pais. Foi horrível aquele momento, mal conseguia olhar para a sua cara. Até que me agarrou e disse “É a tua vez Sara”. Só me apetecia gritar. Soltar aquelas cordas que me prendiam e fugir dali, mas parecia-me impossível.
Parei com estes pensamentos, tentei acalmar-me e ser racional. Tinha de haver uma solução, mesmo que parecesse o fim da linha. Eu sabia disso, até que me lembrei de uma maneira de me poder ver livre. Foi naquele momento que comecei a mexer os braços freneticamente. Ele tirou-me a fita que tinha colada na boca e perguntou-me com um tom agressivo “O que é que queres?”.
Preciso mesmo de ir à casa de banho – disse eu. Se pensas que caio nessa cantiga, enganaste! – Desisti. Ele nunca cairia na minha conversa. Limitei-me apenas a espernear. No segundo em que olhei para o lado oposto onde ele se encontrava, senti uma facada do lado esquerdo da barriga. Não fiquei inconsciente, mas dei-o a entender, para que não me voltasse a esfaquear.
Nos instantes seguintes apenas senti o cheiro intenso a gasolina. Senti o meu corpo pesado e a cabeça a andar à roda. Estava mole mas consegui abrir os olhos e vi os tais corpos a arderem no tecto. Temi pela minha vida. Um a um, os corpos carbonizados começaram a cair no chão. Levantei-me lentamente com dores agudas no abdómen. Dirigi-me, com paços curtos, para a porta na esperança de estar aberta. Esperança vã. Estava bem trancada. Quase chorava com o fumo que me cegava. E foi quando reparei numa janela ao fundo da sala. Uma saída!
Já do lado de fora da janela, apercebi-me de que estava na estrada. Já sem forças, caí. Estava estendida no meio da estrada, onde aparentemente não passava ninguém. De repente vi uns faróis de um carro. Ouvi umas vozes. Alguém me colocou dentro desse mesmo carro. E tudo mudou.
Agora vivo longe. Muito longe. Longe dele e de todo o perigo por que passei. Sou feliz, mas sei que ele pode a qualquer momento voltar. Trim Trim. O telefone tocou… e eu atendi.

Inês Martins
Bruno Laert
Rafaela Silva
Ruben Dias

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Injustiça em vez de Liberdade

Era uma vez uma mulher chamada Cristina. Ela era loira, tinha olhos escuros e cansados e, principalmente, era muito magra. Tinha agora cerca de 43 anos.

Quando tinha 24 anos, teve uma filha cujo o pai era um colega seu de trabalho. A mulher trabalhava numa discoteca em Lisboa, servindo bebidas aos clientes já embriagados e foi aí que o conheceu. Quando lhe disse que estava grávida, o homem despediu-se e nunca mais apareceu. A jovem pensava mesmo que ele tinha saído da cidade.

Os pais de Cristina tinham morrido quando esta tinha 18 anos, num passeio de canoa, fora do país. Uma baleia mordeu-os e nenhum deles tinha conseguido sobreviver. Portanto, a jovem vivia na Alta de Lisboa, um bairro à entrada da grande capital, com a sua avó. Quando a criança nasceu, foi criada por ambas. Entrou na escola aprendendo a ler e a escrever e tornou-se uma jovem responsável e trabalhadora.

Apesar destes benefícios, eram uma família com bastantes dificuldades financeiras até que chegou o momento de Cristina tomar um atitude para conseguir sustentar a avó e a filha. Estava farta de trabalhar num restaurante todas as noites. Quase não via a família porque os horários não eram compatíveis.

Certo dia, a mulher estava a tentar adormecer quando já eram umas 5:00h da manhã e teve uma ideia, não muito feliz, mas com a qual poderia ganhar muito dinheiro: roubar não seria solução, então começou a fazer tráfico de droga.

Fazia viagens constantemente à Holanda e a outros países para ir buscar droga e conseguia transportá-la para Portugal. Quando chegava vendia-a a um bando de mafiosos, numa praia deserta, no litoral do nosso país. Era assim que conseguia ganhar milhares de euros. A avó e a filha perguntavam-lhe onde é que ela conseguia arranjar tanto dinheiro, mas Cristina dizia que tinha um negócio em vários países da Europa.

Mas esse negócio não correu muito bem, pois numa manhã, num dia bastante chuvoso, enquanto a bela mulher passava a droga aos mafiosos que depois a vendiam, a polícia foi fazer uma ronda pela praia, devido ao facto de um casal de idosos suspeitar que se passava qualquer coisa na praia deserta...

Os homens fugiram, mas Cristina estava carregada e nao conseguia correr. Foi capturada pela polícia e, como é óbvio, presa.

A partir daí, a vida daquela mulher transformou-se num inferno. Estava numa cela com mulheres de muito mau aspecto que haviam morto e roubado pessoas. Só Cristina fizera tudo por amor à família, para que não morressem todas à fome.

Cristina ansiava liberdade, liberdade de passear e brincar com a filha e com a avó, de dançar, de cantar... LIBERDADE! Mas não conseguiu! Depois do julgamento ficou com uma pena de 15 anos. Só quando tivesse 58 anos é que poderia fazer todas essas coisas...

Há injustiça no Mundo, mas não há LIBERDADE!


Rita Neves Fortes

nº22

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O amor,
quando se anuncia
não tem limite.
Fala: amo-te acima de tudo.
Consente: não sei o que te dizer.

O amor
ama loucamente.
Diz que ama
mas afinal é mais do que amor,
é uma loucura sem explicação.

O amor,
sem saber o que fazer
espera e desespera.
Enlouquece!
mas continua apaixonado.

Rodrigo Figueiredo (Frederico Duque dos Santos, 10ºl)
Liberdade,
tu que foste condenada,
tu que foste censurada.
Falavas: Dizias não á Ditadura.
Calavas: parecias desaparecer.
Tu que foste aclamada e desejada,
mas és o que hoje não se sabe.
Eu não sei o que é a liberdade.
Chorar, falar, amar?
O que será a liberdade?
Ninguém o sabe verdadeiramente.

Chorá-la,
senti-la e desejá-la.

Falar e não falar,
enfim… consenti-la.

Amar.
Amá-la e não a ter.
Mas afinal.
Ah! Afinal, não poder dizê-la,
mas simplesmente a amar.

Rodrigo Figueiredo (Frederico Duque dos Santos, 10ºl)
No acaso da vida,
um acaso de uma rapariga loira.
Uma rapariga, que me faz recordar e viver…
Uma rapariga! …

Quem sou? Pergunto-me.
Sou este que a ama! Respondo-me.

No acaso de uma tristeza,
ocasionalmente inesperadamente,
uma rapariga!
uma rapariga loira!

O que faço aqui? Pergunto-me.
Estou a amá-la! Respondo-me.

Num acaso inesperado,
um amor proclamado.
Uma rapariga loira!
uma rapariga que amo!...

Rodrigo Figueiredo (Frederico Duque dos Santos, 10ºl)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Liberdade

Gostava de ter a liberdade de parar o tempo. Parar a minha vida naqueles momentos bons que já vivi.
Queria mudar o mundo e transformá-lo à minha maneira. Queria ter essa liberdade de voar, de fazer todas as coisa possíveis e imaginárias. Quem me dera poder ter mais amigos , que me ajudassem.
Tantas vezes não disse nem gritei aquilo que sentia só com o medo que alguém me pudesse julgar...
Quando será que todos vamos ter a liberdade de sermos felizes ??
A liberdade de deixarmos os preconceitos de lado e amar todos da mesma maneira. Não há nada mais forte que este sentimento.
Se eu pudesse ter a liberdade de fazer tantas outras coisas ...

Hino ao Amor


O que é o amor?

Já me perguntei muitas vezes o que é o amor e já procurei em vários lados a definição do próprio...

Sabem o que encontrei?

Tudo e nada, muito e pouco, útil e inútil...

Encontrei várias definições e todas elas diferentes, sendo que a única em comum que elas tinham era o facto de o amor ser um sentimento forte.

Já viram isto?!... Como posso eu ter a certeza do que é o amor, se não encontro uma definição sólida?

Sinceramente não sei o que é, mas acho que esse sentimento tão grande e tão forte se encontra extremamente banalizado. Hoje em dia vejo e oiço muitas pessoas dizerem umas para as outras "Eu amo-te", ao que a outra responde "Eu também te amo!" Será que as pessoas têm mesmo a certeza do que dizem?

Eu acho que não... Acho que dizer a alguém "amo-te" é muito mais do que o gostar simplesmente, acho que é uma entrega plena.

Para ser sincera, não sei se o que digo está certo ou errado, mas acho que a maior parte das pessoas que dizem " Eu amo-te", não têm bem a certeza do que dizem, não acreditam plenamente naquilo que acabaram de dizer, mas dizem-no porque fica bem afirmar que se ama alguém. Talvez para se sentirem completas? Cheias? Realizadas? Felizes?

Não sei porque o dizem, mas lá que dizem, ai isso dizem... E se pensarmos bem vemos que é verdade!

Tantos erros que podem cometer ao dizer que amamos alguém sabendo que não é bem assim, mas sabem que mais???...

Acho que ainda vamos bem a tempo de salvar a situação, de voltar a dar aquele significado tão especial!... A quela palavrinha tão pequena, mas que na sua essência contém o maior sentimento, a maior glória, o maior prazer, a maior alegria de todas...

Amar e ser Amado!!!
Mónica Francisco

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Elphias o elfo

Há muito tempo atrás, num mundo distante, vivia um ser divino. Elphias era uma criatura marcada por características raras. Fora abandonado à nascença e acolhido por uma familia numerosa com poucas posses económicas. Apesar de ter sido aceite com amor pelos pais adoptivos, não o fora pelos supostos irmãos que o humilhavam por ser diferente.

Elphias vivia triste, sentado em cima da sua árvore, olhando o horizonte e esperando que a sua vida fosse mais do que aquilo que via e possuía.

À medida que elphias is crescendo também as suas capacidades mágicas iam evoluindo, despertando nele novas ideias e novos horizontes.

depois de ter completado o seu décimo sétimo aniversário e por ter um grande pensamento filosófico e realista começou a pensar no que poderia fazer para ajudar a humanidade. E lembrou-se de começar por salvar Portugal, maravilhoso reino da fantasia do ocidente.
Pegou nos seus pós de perlim-pim-pim e teletransportou-se para Lisboa, a capital do reino. Este era governado por um malvado feiticeiro chamado Trócaste.

Trócaste era alto, de cabelos grisalhos e com um nariz muito, muito grande. Além disso, e apesar de dizer que ba indústri textil e os sapatos portugueses eram muito bons, só usava fatos e sapatos italianos.

Elphias foi ao palácio de S. Bento, onde Trócaste vive. Ao chegar é travado por um garda gordo e careca que só diz "jamais".

O gurada atira a Elphias um maço de papel com o projecto do Aeroporto da Ota. Elphias tira a sua espada e defende-se cortando o projecto em mil pedaçinhos, lança 0s seus pós de perlim-pim-pim ao guarda e este transforma-se num sapo.

De seguida dirige-se à porta da sala do trono onde se encontra Trócaste. Chegado à sala do trono, deparou-se com trócaste morto no chão. Chamou a polícia e para não ter nada a ver com o sucedido, teletransportou-se novamente para o seu reino longuínquo, onde encontrou uma criatura com características raras como ele, ou seja, não muito bonito.

Foi amor à primeira vista! Os seus olhos gelatinosos cruzaram-se e apaixonaram-se. e, assim, viveram felizes para sempre, tendo catorze filhotes, cada um pior que o outro...

Maria Caseiro
Mónica Francisco
Daniel Tomé
Frederico Santos
Rafaela silva
Inês Martins

Liberdade


Querido diário,

Hoje o dia começou normal, como todos os outros dias de escola: acordei, vesti-me a custo, tomei o pequeno almoço e fui para a escola.

Na escola a primeira pessoa que vi foi a minha melhor amiga, que estava feliz pois no dia 25 de Abril, para mim um dia normal, como todos os outros, iria para casa de um amigo.

Tive aulas sendo a primeira delas todas inglês, uma disciplina que eu adorava, e seguidamente tive português, onde começamos a falar do 25 de Abril - uma importante data histórica para os portugueses - e sobre o tema da liberdade.

Para ser sincera acho que nunca me interessei tanto por uma aula, como aquela de português onde percebi muitas coisas. Cheguei à conclusão que o 25 de Abril não é apenas mais um feriado, mas sim um dia extremamente importante para a história do nosso país, onde os nossos avós lutaram pela sua liberdade, pela liberdade de expressão, pela liberdade de imprensa, pela sua própria liberdade, pela liberdade de poderem rir-se e falar sem medos. Por uma liberdade, que nós hoje dispomos sem termos que lutar muito ou nada para a obter.

Isto tudo fez-me pensar, pensei em todas as coisas pelas quais tive que lutar. E sabes que mais diário? Nunca tive algo por que tivesse que lutar com tanta força como os meus avós lutaram pela sua e pela nossa liberdade.

E fiquei feliz, fiquei grata aos meus avós e aos avós de outras crianças como eu, que hoje dispõem de liberdade graças a eles, que enfrentaram, com coragem, a ditadura de Salazar, que lhes tinha tirado a coisa mais importante de todas: a LIBERDADE!!!

Bem vou dormir, bjs da tua amiga Saritaaa



Mónica Francisco 10 L

terça-feira, 13 de maio de 2008

Liberdade

Liberdade, onde estás? Para que serves se não me socorres? É tão difícil viver assim. Não poder falar, pensar, amar, até sorrir... Oh, liberdade! Anseio por te ter!
Quero poder sonhar mais alto... Viver sem este tormento, poder ter-te, liberdade!
Acredito que um dia me possa tornar livre. Livre como um pássaro que aprende a voar. Livre como uma borboleta que paira sobre as flores. Livre como uma folha que cai da árvore, num dia de Outono. Livre como tu, liberdade!
E quando esse dia chegar, o céu será o limite. Tudo se tornará mágico e belo... como sempre sonhei!
Rafaela Silva nº20

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Em busca do amor





Era uma vez o Reino da Fantasia... Este reino era muito vasto e rico em magia e aventuras sobrenaturais. Existia todo o tipo de monstros, feiticeiros, fadas e druídas e também um príncipe e uma princesa. Ela chamava-se Elisabeth. Era uma jovem de olhos verdes, cabelos loiros e com um sorriso muito doce, invejada por todas as outras princesas do Reino. O príncipe chamava-se Teodorico e era um jovem feio, mas valente.


Um dia a princesa foi raptada por um feiticeiro, rival do seu pai, para que lhe concedesse o seu reino. Sabendo deste horrivel rapto, o príncipe, apaixonado, resolveu ir salvar a sua amada.


Apercebeu-se que não iria consegui-lo sozinho e, por essa razão, decidiu pedir ajuda ao seu amigo centauro. Philip, na sua metade homem, possuía cabelos pretos e longos, olhos azuis-escuros e pele morena; na sua metade cavalo possuía um pêlo suave e escuro e cascos fortes. Em suma, era um ser divinamente maravilhoso.


Ora juntos iniciaram a sua longa e dolorosa viagem em busca da bela princesa. Enquanto isto, Elisabeth encontrava-se em desespero pois o malvado feiticeiro lançara-lhe um feitiço para que ela, ao pôr-do-sol se tornasse, uma centauro-fêmea.


Tudo isto, deixava a princesa triste, não só por estar só como também por não saber como iria o seu reino aceitar esta transformação...


Já percorridas muitas milhas, depois de terem enfrentado os piores perigos do mundo, e de o cansaço se ter apoderado deles, decidiram descansar junto a uma montanha.


Em busca de água potável, o feio príncipe tropeçara num duende e avistara o reino do terrivel feitiçeiro.


Depois de chamar Philip para ver o tal reino maléfico, decidiram que, na manha seguinte, iriam salvar a linda princesa dos braços do feiticeiro malvado.


Assim foi acordando ainda muito cedo começaram a caminhar, visto que a viagem ainda seria longa. Depois de um enorme esforço, deram de caras com uma horrível sala silenciosa, com quadros desagradáveis mostrando sofrimento, expelindo das paredes sujas uma substância vermelha. Quando menos se esperava, saltaram para cima dos dois, goblins que trabalhavam como seguranças do feiticeiro. Como não havia fuga possível, os dois corajosos não tiveram outra opção senão a de batalhar contra todos os seres horríveis à sua volta. acabadas as lutas, mortos todos os inimigos e encontrados uns lances de escada, os dois amigos começaram a subir repentinamente até que, finalmente, chegaram ao quarto ocupado pela princesa.


Ao abrir a porta conseguiram ver o feiticeiro a agarrar Elisabeth, que foi metida, apressadamente, numa gaiola gigante. A princesa começou a chorar. Philip, não deixou o malvado fugir e começou a lutar contra ele, enquanto que o príncipe se dirigia à gaiola.


A luta durou bastante tempo, pois o feitiçeiro era um mestre em magia e só com a força do amor e da esperança é que conseguiram derrotar o feitiçeiro. Mal este tinha morrido, a porta da gaiola abriu-se e Elisabeth saiu dali a correr e foi agradecer aos seus salvadores, que se encontravam felizes por finalmente terem conseguido derrotar o malvado.


Depois da árdua batalha chegava agora a hora do regresso a casa que iria demorar mais tempo, pois a princesa iria necessitava de descansar. Todas as noites Elisabeth saía de perto dos seus salvadores e ia para a floresta sozinha, o que deixava os outros indignados, mas não se opunham...


Uma nite, depois da princesa ter ido para a floresta o centauro decidiu ir também passear pela mesma. Enquanto este estava a beber água viu um centauro-fêmea linda, pela qual ele se apaixonou logo. Para que brar o mistério que se punha em volta daquela criatura divina ele dirigiu-se a ela e começaram a falar. Falaram durante muito tempo, mas antes do amanhecer ela foi-se embora, deixando Philip admirado e ansioso por estar com ela outra vez.


Nas noites seguintes aconteceu a mesma coisa, o que deixava Teodorico triste, pois não podia estar com Elisabeth à noite para lhe poder dedicar o seu amor. Enquanto o príncipe estava sozinho na clareira, Philip encontrava-se com Elisabeth, apesar de não saber que era ela e, numa dessas noites, o centauro decidiu declarar o seu amor à bela fêmea que, ao ouvir aquilo, saiu dali a correr. Não por não gostar de Philip, mas com medo que ele não aceitasse este seu destino, o de ela se transformar todas as noites num centauro-fêmea, afastando-o dela por ser a princesa.


Na noite seguinte, o centauro estava decidido a encontrar a sua amada e percorreu a floresta mas não a viu, ficando triste e cada vez mais em baixo.


A princesa, ao aperceber-se de como Philip se encontrava, decidiu fugir, fazendo com que Teodorico e Philip fossem atrás dela. Teodorico, como era fraco, parou para descansar pouco tempo depois de a ter começado a procurar, mas Philip não! Enquanto procurava viu a sua amada a correr e decidiu segui-la discretamente. Quando ela parou, ele escondeu-se atrás de uma árvore e de repente, dela saiu uma luz enorme. Quando a luz se desvaneceu ele viu Elisabeth! O espanto de Philip foi enorme e não conseguiu permanecer escondido. Dirigiu-se à Elisabeth e ela começou a chorar. Ele comovido pelo choro da sua amada , abraçou-a e beijou-a, selando assim o amor deles.


Enquanto Philip e Elisabeth estavam sentados bem juntinhos, o príncipe apareceu ao pé de ambos e começou a barafustar dizendo que Philip, o seu grande amigo, revelou-se um traidor e um infiel.


Perante a frieza de Teodorico, Philip e Elisabeth assumiram o seu amor, demonstrando que estavam verdadeiramente apaixonados. Teodorico, triste com o que acabara de ouvir, retirou-se cabisbaixo. Enquanto caminhava em direcção ao palácio, uma senhora idosa vestida, toda vestida de preto e com um ar misterioso, quis ler-lhe a sina. Ele aceitou e Darzília disse-lhe que ele encontraria uma princesa digna do seu amor.


Teodorico não sabia se haveria de acreditar no que Darzília lhe dissera, mas, mesmo assim, ficou feliz.


Chegando ao palácio, o seu pai informou-o de que tinha arranjado uma nova empregada, pois tinha apanhado a anterior a roubar ouro. Quando Teodorico a viu achou-a muito bonita e logo apaixonou-se pelos seus cabelos pretos e pelo seu vestido lindíssimo, que lhe ficava muito bem. A rapariga também se apaixonara pelo seu charme. Foi amor à primeira vista, algo que nunca lhe tinha acontecido, acabaram por se beijar. Pediu-a em noivado e esta, sem hesitar, aceitou.


O apaixonado Teodorico apresentou Maria odília ao seu pai, mas este não achara muito bem um príncipe casar com uma simples empregada. Apesar disso, sabia que o filho estava verdadeiramente apaixonado por ela e que era correspondido. Aceitou então que se casassem e marcou um belo casamento para a semana seguinte. O casamento foi lindo e invejado por muita gente.


Passados cinco anos, Maria Odília tinha tido dois gémeos e estava grávida do terceiro filho que esperavam que fosse uma menina linda como a mãe.


Com o passar dos anos foram-se apaixonando cada vez mais. Eram muito felizes. Chegaram a ter dez filhos.


Um dia ao ouvirem dizer que o rei Silvestre, o pai de Elisabeth tinha morrido Teodorico e a sua familia decidiram ir ter com Philip e Elisabeth para lhes dar os seus sentimentos e, naquele momento de tristeza Teodorico ao vê-los tristes decidiu perdoa-los e tornaram-se outra vez grandes amigos.


Meses depois voltaram a encontrar-se e Elisabeth e Philip apresentaram a Teodorico e a Maria Odília os seus filhos e estes ao conhecerem os filhos de Teodorico e Maria Odília tornaram-se logo amigos.


E foram crescendo todos juntos e tornaram-se todos muito amigos e viveram todos felizes para sempre.


THE END



Ana Rita 10 L
Jéssica 10 L
Maria Luisa 10 L
Mónica Francisco 10L
Rita Fortes 10 L
Micaela Lopes 10 L
Maick Rodrigues 10 L